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Vamos misturar seus interesses profissionais com as imagens certas!
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instagram: luiz_narigudo
Bom dia,
meu nome é Luiz Lopes, sou ator, diretor e professor. Estou regressando ao Brasil depois de 9 anos trabalhando com teatro e performance na Europa e amei a grade curricular de vocês. Trabalhei em uma Escola chamada Theaterhaus em Berlim, onde desenvolvi um trabalho solo, me apresentando em diversos teatros, criei um grupo de pesquisa e dei aula de voz, interpretação e corpo - assim como ministrei oficinas e workshops. Essas oficinas têm duração de um final de semana ou de um mês, podendo ser mais ou menos longa de acordo com as necessidades do local. Sou de São Paulo e tenho mais de 20 anos de experiência no palco, estudei artes plásticas na FAAP, teatro no INDAC, trabalhei no CPT diretamente com Antunes Filho além de ter experiência no cinema, em dança e performance, no Brasil e na Europa. Tenho 40 anos, sou solteiro e falo Português, Inglês, Espanhol e Alemão.
Gostaria de dar aula, ou oferecer minha oficina, junto a sua escola.
My best
Luiz
https://luizlopes.de/?page_id=640
https://formlos.hotglue.me/
https://www.youtube.com/@Formlos-wq4os/videos
https://vimeo.com/user39302989
https://luizlopes.de/?page_id=970
Bom dia,
meu nome é Luiz Lopes, sou ator, diretor e professor. Estou regressando ao Brasil depois de 9 anos trabalhando com teatro e performance na Europa e amei a grade curricular de vocês. Trabalhei em uma Escola chamada Theaterhaus em Berlim, onde desenvolvi um trabalho solo, me apresentando em diversos teatros, criei um grupo de pesquisa e dei aula de voz, interpretação e corpo - assim como ministrei oficinas e workshops. Sou de São Paulo e tenho mais de 20 anos de experiência no palco, estudei artes plásticas na FAAP, teatro no INDAC, trabalhei no CPT diretamente com Antunes Filho além de ter experiência no cinema, em dança e performance, no Brasil e na Europa. Tenho 40 anos, sou solteiro e falo Português, Inglês, Espanhol e Alemão. Gostaria de dar aula junto a sua escola.
My best
Luiz
PROPOSTA DE OFICINA
Aberto a profissionais e/ou amadores de 16 a 90 anos, interessados por teatro contemporâneo e suas expressões adjacentes como dança e performance.
A metodologia:
O corpo criativo é uma oficina onde nossas manias e padrões de comportamento são desligados e, desse estado sensível e sem função clara, surgem os potenciais negligenciados de nossa expressividade, tanto física como emocional. A oficina aponta para, primeiro, a liberação desse estado criativo fértil, segundo, as qualidades de signo que o corpo pode adquirir e como podemos compor algo coerente com elas.
Aquecimento e sensibilização do corpo através dos seguintes exercícios:
1 - Alongamento
2 - Trabalho de expansão e compressão
3 - O corpo que treme
4 - As juntas torcidas
5 - Caretas e deformações
6 - O corpo geleia
-Esses exercícios têm como foco a disfuncionalidade, colocar os performers em um estado onde os impulsos e formas não obedecem a uma função pré-estabelecida.
-Os integrantes entrarão em contato com o corpo amorfo, isto é, sem forma prévia, sem função mecânica ou social, estado onde os impulsos estão na frente dos julgamentos.
-O workshop segue com exercícios práticos claros e culmina em um encontro coletivo, em um chá.
-O chá, atividade lógica com função e finalidade, acaba por revelar as possibilidades criativas negligenciadas, ou seja, tudo que pode acontecer fora da lógica de causa e efeito, é um método de criação que tem o meio (no caso o corpo) como ponto zero.
-O workshop acontece em cinco encontros de 4 horas cada. (isso pode ser modificado) Ao final desses cinco encontros o grupo apresenta o resultado da experiência, uma performance de cerca de 30 min aberta ao publico.
PENSANDO EM DISFUNCIONALIDADE
Agente está acostumado a usar o corpo sempre dentro de uma estrutura econômica. O trabalho molda nosso corpo e mesmo as relações sociais são moldadas pelo trabalho. Na hora da criação também temos dificuldade em seguir os impulsos do nosso íntimo e operamos dentro de uma lógica de causa e afeito ao invés de acessar formas mais fortes de criação. Dentro das relações de trabalho é natural que não possamos ser criativos, mas isso não é desculpa pra nos evitarmos e ficarmos só na camada funcional da vida. Pois então, nosso corpo se reduz, na maior parte do tempo, ao desempenho de funções objetivas e nós ficamos presos nessa camada óbvia, talvez por medo ou por falta de espaço pra exploração, mas no palco, dentro da criação artística, isso não pode acontecer, temos que libertar essa potência criativa para além do que é lógico e racional. Nosso corpo também é corpo do acaso, do ócio, do prazer, da curiosidade, da exploração, da criação, até da crueldade. Todas essas necessidades são sistematicamente ou rejeitadas ou até ridicularizadas, como se nossas vidas se reduzissem à atividades funcionais. O corpo criativo é um corpo que explora as formas e o espaço sem um objetivo funcional. Ele é um corpo autônomo em relação à economia, ou em outras palavras, não está subordinado à ela. Sua função é descoberta por ele mesmo e não dada de fora. Brincar com nossos impulsos é mexer com uma memória ancestral e revelar ideias e forças que nos habitam, coisas que estão dentro da gente e nós nem percebemos, um canal pro inconsciente e pro atemporal. Isso não pressupõe negar as atividades econômicas e as regras que vêm com elas, apenas revela essas potências para nos munir de ferramentas criativas.
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Luiz Lopes
5511 997703993
luiznariznariz@gmail.com
Residência atual: São Paulo
Cidadania: Brasileira
Idade: 40 anos
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VISÃO GERAL DA CARREIRA E PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS:
Excelente conhecimento em teatro, performance e artes plásticas. Estudou artes plásticas na FAAP e teatro no INDAC e tem mais de 20 anos de experiência como ator. Começou sua carreira na publicidade paulistana onde trabalhou por mais de dez anos fazendo comerciais de TV e rádio. Depois de estudar artes cênicas trabalhou com Fernando Meireles, Cao Hamburger, Marcelo Evelin e Rodrigo Santoro. No CPT, centro de pesquisa teatral, ele teve o privilégio de trabalhar diretamente com o mestre Antunes Filho por quatro anos, participando da peça "Nossa Cidade" e aprofundando sua técnica no palco. Luiz também tem experiência com cinema onde atuou ao lado de Caio Blat no filme "O ano em que meus pais saíram de férias". Em 2011 ele se envolveu com um grupo de pesquisa independente que culminou na peça controversa Macaquinhos. Assim, também pode explorar a criação artística na esfera da performance/dança. Após esse período migrou para Berlin onde deu início a sua pesquisa pessoal, trabalhando de 2019 a 2023 no Theaterhaus-Berlin, oferecendo workshops e abrindo o processo para ensaios abertos com plateias experimentais.
HISTÓRICO PROFISSIONAL:
* O corpo como signo: ofereceu seu curso no Theaterspielraum in Berlin, 28-31/08/24.
* Atuou como professor na Theaterhaus Berlin de 2022 a 2024, ministrando aulas de expressão corporal, o corpo como signo no palco e voz. Também oferecendo workshops baseados em sua pesquisa solo.
* The Creative Body: ofereceu seu curso em Berlim na Theaterhaus, 01/07/24-20/07/24.
* Diafragma, projeção e ressonância: ministrou workshop de voz: Theaterhaus Berlin 26-28/4/24.
* O corpo disfuncional - apresentação do solo, theaterhaus Berlin, 04/04/24.
* O corpo como signo: ministrou workshop, Theaterhaus Berlin, 15-17/03/24.
* Impulso cego: ministrou workshop de expressão corporal na Theaterhaus Berlin, 8-10/03/24.
* Amorfo Solo: Ensaio aberto Centro de Artes Integradas São Paulo, 15/02/24.
* Amorfo workshop: Ministrou sua aula no Centro de Artes Integradas São Paulo, 12/02/22-10/03/22.
* Workshop Formlos: Theaterhausberlin, 12/03/20 - 12/04/20.
* Workshop 'O corpo criativo', Theaterhaus Berlin 10/08/20 - 20/08/20
* Exposição de pintura e fotografia, Vetomat - Berlim, 2021.
* Apresentou-se no Kunstenfestivaldesarts com a peça Macaquinhos, na qual coreografou e atuou, 2019.
* Apresentou-se com seu próprio grupo no Wiener Festwochen 2017. Também a peça Macaquinhos.
* Convidado para uma residência de um mês no teatro Mousonturm em Frankfurt, onde apresentou e coreografou a peça Zoo em 2017.
* Participou do Projeto Brasil no Kampnagel, Hamburgo 2016. Residência com seu grupo.
* Teve uma parceria com o teatro Mousonturm em 2016, onde realizou uma residência de duas semanas e apresentou uma pesquisa que vinha desenvolvendo com sua equipe há um ano no Brasil.
* Trabalhou com Marcelo Evelin na peça Batucada em Curitiba-Brasil, 2016.
* Trabalhou no grupo de teatro Macunaíma dirigido por Antunes Filho entre 2013 e 2016 na peça "Nossa Cidade" em São Paulo - Brasil.
* Colaborou com Marcelo Evelin na peça Matadouro, Bruxelas 2012.
FORMAÇÃO ACADÊMICA:
* Possui bacharelado em Artes Plásticas. Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo - Brasil. Concluiu seus estudos em 2013.
* Concluiu um programa de estudos de quatro anos em Teatro em 2007, com foco em atuação e cenografia na escola Indac em São Paulo.
* Concluiu seus estudos do ensino médio nos EUA na Lake Forest High School em 2002.
* Ensino Fundamental e Ensino Médio - Colégio Arquidiocesano de São Paulo (1991-2002)
ATIVIDADES DE INTERESSE:
Desenvolveu pesquisa em fotografia, pintura, dança, performance e teatro, oferecendo oficinas e ministrando aulas sobre o assunto em São Paulo e Berlim. Dá aula de expressão corporal, voz e interpretação e tem uma pesquisa que mistura Performance e Teatro com a qual se apresentou em Salvador, São Paulo, Bruxelas, Viena, Hamburgo, Frankfurt e Berlim. Luiz fala Português, Inglês, Alemão e Espanhol.
Luiz Lopes
WhatsApp: 11 9 9770-3993
current residence: São Paulo
citizenship: Brazilian/Portuguese
age: 40 years old
CAREER OVERVIEW AND KEY STRENGTHS:
Luiz has lived in the United States and Europe. He attended high school at Lake Forest High in Delaware and has spent the last 9 years working as an English teacher in Berlin. He has been teaching English, drama, and performance to a mix of different nationalities, always using English.
PROFESSIONAL HISTORY:
* English skills in the theater: workshop at Theaterhaus-Berlin - August 2024.
* Voice and expression, how to act in English, regular classes, Saturdays 11h-14h at Theaterhaus-Berlin. April-July 2024.
* The dysfunctional body, workshop in English. How to use the body as the starting point in a creative process. March-May, 2024.
* Amorphous, the body as the starting point, a long course in English, deep dive, and construction of research, ending on a 30-minute performance. March 2021- December 2023.
* Dialogue on stage, English workshop, regular classes at Theaterhaus-Berlin, 2021-2024.
* Performance and our bodies - lectures in English. Lectures that occurred every Friday from December 8th, 2023 - January 25th, 2024, at Theaterhaus-Berlin.
* Advanced English: How do I pitch my project in a foreign language? Class given for a mixed audience from June to August 2023 at Theaterhaus-Berlin.
* Learning English through theater, this was my main course offered online and In-Person where I would teach the students English as I went through the history of the theater. I did it for years, mostly around 2018-2023, in different locations but always in Berlin.
EDUCATION
* Holds a bachelor's degree in Fine Arts concluded in 2012 at FAAP - São Paulo.
* Concluded a 5-year study program at INDAC-theater-school in 2007.
* Went to high school in the USA at Lake Forrest High - concluded in 2002. Wilmington-Delaware.
* Studied at Cel.Lep, the advanced program in 2005.
* Went to Arquidiocesano from 1999-2002 where he first got in touch with English.
ACTIVITIES OF INTEREST
Luiz has more than 20 years of experience on the stage and in the classroom, he has worked with his own assemble creating pieces shown in Wien, Brussels, Frankfurt, and Hamburg. He is an actor, director, and teacher deeply involved with cinema, photography, performance, dance, and painting. And of course - with English.
1 - círculo zap, pong, su
2 - círculo macaquinhos
3 - diafragma e respiração, como eu piloto essa máquina
biológica?
-técnicas artificiais levam sim à emoções verdadeiras
- qual a primeira coisas que muda no corpo da gente quando
agente toma um susto, ou quando agente sente prazer? A
respiração.
-Grotowski
- Leitura de texto
4 - jogo de cena:
Um ator tem uma necessidade, ou um desejo, e o outro
tem uma necessidade contrária. Um precisa de uma coisa, o
outro precisa de o oposto daquilo.
ex 1:
*no aeroporto, bagagens extra pesadas, pegar nova
fila.
*eu vou perder meu vôo e eu estou de mudança.
ex 2: picnic
5 - O que te trouxe para o teatro?
falar um pouco de mim.
AQUECIMENTO
5 min - alonga
5 min - expandir X comprimir
5 min - geleia
5 min - choquinho
5 min - torcendo
5 min - banho de esponja (soundtrack, pink panter) 5 min - horror (soundtrack, Transe)
5 min - aleluia (soundtrack, extase da virgem)
BUTOH
gelo derrete
poça espalha
chão se estica, espreguiça, boceja recolhe, aperta, núcleo, semente germina
brota
cresce
árvore
gás
expande
torce
prazer
horror
tremendo/chóquinho
monstro
aleluia
NO CHÁ
1 - monstro - crueldade
2 - expandir - espontaneidade 3 - geleia - incompetência
4 - tremendo - excesso
5 - torcendo
6 - prazer
7 - horror
8 - aleluia
*DESFUNCIONALIDADE (relação de causa e efeito),(o corpo conformado) *IMPULSO
*SUBJETIVIDADE REVELADA
*O CORPO COMO MEIO DE EXPRESSÃO (não a cabeça, não a ideia)
BUTOH
TEXTO FALADO
TRILHA SONORA
JOGO DE CHÁ SENTADOS À MESA
PICNIC NO CHÃO
INTRODUÇÃO ÀS ESCOLAS
(TEATRO)
CURRÍCULO PARA DAR AULA DE TEATRO
CV PARA DAR AULA DE INGLÊS
MINHA AULA PARA A TURMA LIVRE
Good evening, I am an English and theater teacher who just came back from Berlin after 9 years working there (as an English teacher). I am Brazilian, I'm 40 years old, single, and I want to go back to the classroom. I really liked your school so I am sharing my CV in the hope of becoming a teacher there. My best, Luiz.
Bom dia, boa tarde.
Meu nome é Luiz Lopes, sou ator e diretor. Costumava ensaiar aí mas estava, nos últimos 9 anos, trabalhando em Berlim. Estou com um projeto chamado Amorfo, o qual já venho desenvolvendo há um tempo, e preciso dar andamento a essa peça. Gostaria muito de utilizar uma de suas salas para os meus ensaios. O trabalho varia de solo a três performers no palco e não tem cenário, então é uma peça simples, tanto uma sala pequena como uma grande funcionariam pra mim.
Segue em anexo o link da pesquisa com vídeo, sinopse e Rider técnico.
https://luizlopes.de/?page_id=640
Grato,
Luiz
PS: agora resido em São Paulo e estou aberto a oferecer uma contra partida se necessário, como apresentação do trabalho final e/ou oficina baseada no processo.
new venues
SINOPSE
Amorfo é um happening, um acontecimento que tenta dar substância a um ato contencioso. Focado em torno de uma reflexão sobre hipocrisia e o culto do individualismo, Amorfo realiza uma prática explícita, concebe-se uma peça onde a dramaturgia se torna metáfora das contradições sociais. A peça organiza-se em torno de tudo o que não mostramos, centrada na oposição entre o social e o privado, os discursos e os hábitos, a fachada e o submerso. A atitude mais vulnerável, mas talvez a mais libertadora. Cada apresentação é um desejo de olhar pra dentro, de ver o ponto cego e dar forma pro negligenciado. Um encontro onde a máscara social quebra e o que estava escondido emerge, uma abordagem artística e política que busca nos virar do avesso dentro de uma prática que literalmente confronta os bons costumes. Um trabalho desconcertante.
JUSTIFICATIVA
Amorfo se justifica como uma experiência artística necessária e provocadora no cenário cultural contemporâneo. Em uma sociedade cada vez mais polarizada e superficial, essa peça oferece um contraponto vital, forçando o público a confrontar as contradições entre suas personas públicas e privadas.
A mistura da abordagem performativa com a dramática permite uma interação única entre artistas e espectadores, quebrando barreiras convencionais e criando um espaço seguro para exploração de uma vulnerabilidade coletiva. Ao focar no narcisismo e no individualismo exacerbado, a obra toca em questões urgentes de nossa época, incentivando uma reflexão profunda sobre os valores sociais vigentes.
A linguagem dessa peça serve como um espelho poderoso, refletindo as complexidades da condição humana moderna. Ao dar forma ao negligenciado e trazer à tona o submerso, "Amorfo" cumpre um papel fundamental da arte: desafiar percepções, questionar normas e estimular o crescimento pessoal e social.
Essa peça não busca entreter, mas sim transformar. Sua natureza desconcertante é intencional e necessária, pois apenas através do desconforto e da autorreflexão genuína podemos esperar alguma mudança significativa em nossas vidas e comunidades.
Em suma, "Amorfo" se justifica como uma ferramenta artística de conscientização e catarse coletiva, essencial para uma sociedade que anseia por autenticidade e conexão verdadeira uns com os outros e de todos com o meio.
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO
Em cima do palco do Sesi, limitado a uma área de 10 metros por 8 metros ou menor, temos o espaço cênico onde o solo será apresentado e uma tribuna será montada para receber até 200 pessoas/público. No centro do espaço encontra-se uma mesa de chá. A mesa, sem toalha e muito simples, dá suporte a um bule , uma xícara e um pires . Uma cadeira de madeira encontra-se ao lado da mesa. Duas luzes, uma vinda da direita e outra vinda da esquerda iluminam a mesa. A plateia entra e sentam-se, o performer chega um momento depois, caminha até a mesa, não se senta à mesa mas para do lado dela olhando pra plateia, passa-se um momento. Ele senta-se à mesa, serve o chá na xícara e volta a olhar para a plateia. Passa-se outro momento, ele não pega a xícara mas algo começa a acontecer. Suas mãos vão devagar, se deformando e o performer vai se transformando em uma criatura. Uma espécie de Nosferatu pega a xícara com dificuldade, a partir desse momento o corpo verticaliza expressões negligenciadas pelo status quo, como: amor, raiva, medo. Trazendo à tona a dramaturgia e coreografia desse corpo que se questiona. No meio desses impulsos, o performer se levanta e, guiado por desejos cegos, espalha o chá entre as pessoas, se desgoverna no meio do espaço. Nesse momento a luz do serviço está acesa. Ao retornar à mesa, sempre com a xícara na mão, o performer se senta como se nada tivesse acontecido, tranquilo e apático, tomando um chá. Ele volta a servir a xícara, agora vazia depois dos espasmos, e bebe. A luz de serviço se apaga, o foco está só na mesa de novo. Passa-se um momento olhando pra plateia com tranquilidade, ele sai por onde entrou e a luz de serviço ascende.
APRESENTAÇÃO
Amorfo é uma experiência artística única que desafia convenções e provoca reflexões profundas. Amorfo não é uma peça teatral comum. É um happening, um evento vivo que se desenrola diante de seus olhos, convidando-os a sentir a narrativa mais do que apenas compreendê-la. Dar substância à subjetividade humana, àquilo que não mostramos, que consideramos inapropriado apesar de essencial. Nesta obra, mergulhamos nas águas turbulentas da hipocrisia e do individualismo que permeiam nossa sociedade. A dramaturgia se torna uma poderosa metáfora das tensões sociais que enfrentamos diariamente. "Amorfo" se constrói ao redor do não-dito, do escondido. Exploramos a dicotomia entre o social e o privado, entre os discursos públicos e os hábitos íntimos, entre a fachada que apresentamos ao mundo e o que mantemos submerso. Advertimos: esta não é uma experiência de mero entretenimento. Cada apresentação é um convite para olhar para dentro, para enxergar nossos pontos cegos e dar forma ao que normalmente negligenciamos. É um encontro onde as máscaras sociais se quebram e o oculto emerge. Nossa abordagem é tanto artística quanto política. Buscamos virar do avesso as normas estabelecidas, confrontando literalmente os chamados "bons costumes". O resultado é um trabalho desconcertante e libertador. Amorfo é uma jornada de vulnerabilidade e, paradoxalmente, de empoderamento. É um chamado à autenticidade em um mundo de aparências e "likes".
HISTÓRICO DO GRUPO
Amorfo é criação do ator e diretor Luiz Gustavo. Luiz estudou artes plásticas na FAAP e teatro no INDAC e tem mais de 20 anos de experiência como ator. Começou sua carreira na publicidade paulistana onde trabalhou por mais de dez anos fazendo comerciais de TV e rádio. Depois de estudar artes cênicas trabalhou com Fernando Meireles, Cao Hamburger, Marcelo Evelin e Rodrigo Santoro. No CPT, centro de pesquisa teatral, ele teve o privilégio de trabalhar diretamente com o mestre Antunes Filho por quatro anos, participando da peça "Nossa Cidade" e aprofundando sua técnica no palco. Luiz também tem experiência com cinema onde atuou ao lado de Caio Blat no filme "O ano em que meus pais saíram de férias". Em 2011 ele se envolveu com um grupo de pesquisa independente que culminou na peça controversa Macaquinhos. Assim, também pode explorar a criação artística na esfera da performance/dança. Após esse período migrou para Berlin onde deu início ao projeto Amorfo, trabalhando de 2019 a 2021 no Theaterhaus-Berlin, oferecendo workshops baseados na pesquisa e abrindo o processo para ensaios abertos com plateias experimentais. Apos 2021 Luiz migrou de volta para São Paulo onde deu continuidade para essa pesquisa e agora procura mais oportunidades para aprofunda-la e mostrar o resultado final em sua cidade natal.
SINOPSE ENGLISH (DANCE)
Formlos is a happening, an event that tries to give substance to a contentious act. United around a shared reflection about social hypocrisy and the cult of individualism the group Formlos performs a shared practice. They conceive a “dance” in which the body becomes a metaphor for social contradictions. The dance is organized around everything we do not show, centered on the opposition between the social and the private, the façade, and what we neglect. The most vulnerable but perhaps most liberating attitude. Far from a piece of entertainment, each performance by Formlos is a desire to form a collective body free from oppressive structures. An encounter where the life mask cracks away and what has been hidden emerges, an artistic and political approach that seeks to turn us inside out within a practice that literally confronts good manners. A disorientating work.
SINOPSE DANÇA
Amorfo é um happening, um acontecimento que tenta dar substância a um ato contencioso. Focado em torno de uma reflexão sobre hipocrisia e o culto do individualismo, Amorfo realiza uma prática explícita, concebe-se uma “dança” em que o corpo se torna metáfora das contradições sociais. A peça organiza-se em torno de tudo o que não mostramos, centrada na oposição entre o social e o privado, os discursos e os hábitos, a fachada e o submerso. A atitude mais vulnerável, mas talvez a mais libertadora. Longe de ser uma peça de entretenimento, cada apresentação é um desejo de olhar pra dentro, de ver o ponto cego e dar forma pro negligenciado. Um encontro onde a máscara social quebra e o que estava escondido emerge, uma abordagem artística e política que busca nos virar do avesso dentro de uma prática que literalmente confronta os bons costumes. Um trabalho desconcertante.
Fundamentos e ideias base:
Reconnecting something unknown with something known relieves, reassures, satisfies, and gives in addition, a feeling of power. Along with the unknown is given danger, restlessness, and worry. The first instinct points to the elimination of these painful states. We are going to stay with them.
Here is the place to reveal feelings, forces, and potentials that society, religion, family, the State, or your job told you to hide.
Don’t choose a form, don’t choose a rhythm, don’t choose a feeling. Just seek the way to yourself. Expose your intimacy. Grope the way forward no matter where it leads. Inner impulse and outer reaction in such a way that the impulse is already an outer reaction. The requisite state of mind is a passive readiness to realize an active role, enabling us to give ourselves nakedly to something impossible to define, obeying a temptation. A state in which belief is more than mere intellectual conviction.
Following these principles, we realize that dance and choreography can be a laboratory to find the flaws and solutions for our present lives, a place to show everything that we usually have to hide.
If we strip ourselves revealing an intimate layer, exposing it, the choreography will come from the depths of our psyche and not from a current fashion, or current agenda. The exposure carried to excess can surprise us with topics we were rationally avoiding.
We can find our most urgent necessities through the exposure of our interiority and use this full-fleshed channel to perceive our limitations and go beyond them.
Dance as a bare laboratory to find new values for the future.
Can we dance our problems and limitations? Can we try out new forms to be and relate to each other, in our bodies? Can we use dance as a bare laboratory to find new postures and rehearse new forms of social interaction?
Dance as a tool to reach hidden forces inside of us. Things we deny, and hide, and yet we are. Whatever causes us shame or discomfort points where we’ll try to go.
Can we build a choreography with these neglected forms? Inspired by these ill-fitting sensations? Which values are we perpetuating when we choose something pleasant, comfortable, and beautiful to show?
Using dance as an act of transgression, allowing us to go beyond our understanding. Violating accepted stereotypes of vision, feeling, and judgment. A state in which one does not ‘want to do that’ but rather ‘resigns from not doing it’.
Luiz is an actor and director. He studied acting and fine arts in São Paulo, has more than 20 years of experience on the stage, and has worked with his own assemble in Brazil, creating pieces shown in Wien, Brussels, Frankfurt, and Hamburg. He spent more than 3 years with Antunes Filho at CPT and nowadays develops his research at Theaterhaus-Berlin and CRD-São Paulo.
At this point, a sharp realization burned within me. Each man has his “function” but none which he can choose himself, define, or perform as he pleases. It was wrong to desire new gods, completely wrong to want to provide the world with something. An enlightened man had but one duty- to seek the way to himself, to reach inner certainty, to grope his way forward, no matter where it led. I had often speculated with images of the future and dreamed of roles that I might be assigned, perhaps as poet or prophet or painter, or something similar. All that was futile. I did not exist to write poems, to preach, or to paint, neither I nor anybody. All of that was incidental. Each man had only one genuine vocation- to find the way to himself. He might end up as a poet or madman, as prophet or criminal- that was not his affair, ultimately it was of no concern. His task was to discover his own destiny- not an arbitrary one- and live it out wholly and resolutely within himself. Everything else was only a would-be existence, an attempt to evasion, a flight back to the ideals of the masses, conformity, and fear of one’s own inwardness. I was an experiment on the part of Nature, a gamble within the unknown, perhaps for a new purpose, perhaps for nothing, and my only task or to allow this game on the part of primeval depths to take its course, to feel its will within me and make it wholly mine.
Hesse, Hermann: Demian
In his illness, he had dreamt that the entire world had fallen victim to some strange, unheard-of, and unprecedented plague, that was spreading from the depths of Asia into Europe. Everyone was to perish, apart from a chosen few, a very few. Some new kind of trichinae had appeared, microscopic creatures that lodge them selfs in people’s bodies. But these creatures were spirits, gifted with will and intelligence. People who absorbed them into their systems instantly became rabid and insane. But never, never have people considered themselves so intelligent and in answering possession of the truth as did those who became infected. Never had they believed so unswervingly in the correctness of their judgments, their scientific deductions, their moral convictions, and their beliefs. Entire centers of population, entire cities, and people became smitten and went mad. All were in a state of anxiety and no one could understand anyone else, each person thought that he alone possessed the truth and suffered agony as he looked at the others, weeping his chest, weeping, and wringing his hands. No one knew who to make the subject of judgment, or how to go about it, no one could agree about what should be considered evil and what good. No one knew who to blame and who to acquit. Whole armies were ranged against one another, but no sooner had this army been mobilized than they suddenly began to tear themselves to pieces, their hank falling apart and their soldiers hurling themselves at one another, gashing and stabbing, biting and eating one another. All day in the cities the alarm was sound: everyone was being summoned together but who was calling them and for what reason no one knew, but all were in a state of anxiety. They abandoned the most common trades because each person wanted to offer his ideas and his improvements, and no agreement could be reached. Agriculture came to a halt. In this place people would gather into groups, agree on something together, and swear to stick together – but would instantly begin doing something completely different from what had been proposed, start blaming one another, fighting, and murdering. First began, a famine broke out. Everyone and everything perished. The plague grew worse, spreading further and further. Only a few people in the world managed to escape: they were the pure and chosen, who had been predestined to begin a new species of mankind and usher in a new life, to renew the earth and render it pure, but no one had seen these people anywhere, no one had heard their words and voices. Crime and Punishment:
Epilogue p.651